Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória - Salmo 115:1

28 junho 2010

Conflito Conjugal

Por: João de Brito

“Melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e iracunda. Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas o homem insensato os desperdiça” – Provérbios 21:19-20.
“Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo” – Efésios 4:26-27.

Não existe casamento isento de conflitos, mesmo naqueles onde os relacionamentos conjugais sejam mais maduros. Como resolver os conflitos de forma a não prejudicar nosso ajustamento conjugal?

A incompatibilidade de gênios, os ruídos na comunicação do casal, o ciúme doentio, finanças, problemas com parentes, estresse, educação de filhos e o próprio Satanás têm sido apontados como as principais causas geradoras de conflitos conjugais. O que fazer para superá-las?

A tendência natural do ser humano é apontar o erro do outro e não o que o levou a errar. Quando o casal não trata do problema básico que causa os conflitos, mas um cônjuge ataca o outro, às vezes usando palavras de baixo calão e demonstrando com excesso físico o seu desagrado, surgirá uma grande barreira no relacionamento conjugal. O correto é procurar identificar a causa do problema principal que levou o casal à discórdia, e não ficar acusando, atacando a outra pessoa.

"Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?
Como poderás dizer a teu irmão: Deixa, irmão, que eu tire o argueiro do teu olho, não vendo tu mesmo a trave que está no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão" - Senhor Jesus Cristo - Lucas 6:41-42.

Numa relação conjugal, não um culpado, mas dois culpados. Daí a consideração honesta e cuidadosa das nossas falhas, deficiências e debilidades deve preceder à atenção às falhas do nosso cônjuge.

ASSUMIR O ERRO, UM MODO DE RESOLVER O CONFLITO

Torna-se necessário que aquele pelo qual veio o conflito assuma que errou e ao que foi vítima, perdoar seu cônjuge. Se durante uma discussão trouxermos à tona erros passados, jamais conseguiremos resolver a situação atual, pois se estamos lembrando desses erros é prova de que os problemas do passado não foram resolvidos. O acúmulo de conflitos não resolvidos, superados, pode gerar uma situação explosiva que fragmenta toda a relação e o emocional da pessoa afetada.
Uma vez que foi resolvido um conflito, tal conflito deve ser enterrado no mar do esquecimento e jamais fazer sua exumação para atacar o cônjuge. Quem vive de passado é museu!

DISCUSSÃO EM LUGAR IMPRÓPRIO

Existem cônjuges que não medem esforços para discutir problemas em horários e locais mais impróprios, aumentando ainda mais o conflito. É o tipo “barraqueiro”, gosta de chamar a atenção. Um local reservado poderá contribuir para ordenar as idéias e se conversar com seriedade, privacidade e liberdade sobre pontos de vista diferentes. Quando as emoções estão alteradas, à flor da pele, esta não é a melhor hora para se chegar a um acordo. A calma, o diálogo, o respeito e o bom senso devem ser as ferramentas para a resolução de conflito.

Muitas vezes os conflitos têm origem na discussão de questões banais, roubando assim momentos de felicidades do casal. Para evitar isso, procurem orar juntos, confessando sua parte de culpa e pedindo orientação de Deus e graça suficiente para operar mudanças em suas vidas. Isto é inteligência relacional aplicada na vida conjugal. As pessoas precisam estar dispostas a resolver o conflito e superar as diferenças na relação conjugal.

Nunca deixe de encarar um problema que gerou conflito, colocando-o de lado. A frase “deixa pra lá” dá a idéia de que o problema não é tão significativo para exigir uma solução. Isso porque, às vezes, um tem medo de criar desavenças ou desentendimento no relacionamento e se cala, pensando que o problema irá desaparecer por si só, mas em geral não é isso o que acontece. Todo conflito deve ser levado a sério e sua causa identificada e tratá-la, colocando em prática os princípios cristãos e a ética cristã.

Concluindo, quando Deus trouxe Eva a Adão, ela foi feita de sua “carne e ossos” (Gênesis 2:31) e se tornaram “uma só carne” (Gênesis 2:23-24). Este é um conceito que foi se perdendo com o passar do tempo. Tornar-se uma só carne significa mais do que apenas uma união física. Significa um encontro de mente e alma para formar uma unidade. O relacionamento vai muito além de atração sexual ou emocional e entra na esfera da “unidade” espiritual, que somente pode ser encontrada quando os dois se rendem a Deus e a si mesmos. A excelência conjugal é algo que não se compra, pede emprestado ou que acha por aí, mas algo que é construído com amor, sabedoria, força de vontade e compreensão. Sucesso!

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